Há uma campanha contra o Facebook?



É muito estranho quando as duas principais revistas de ciência pop do país destacam pontos muito negativos de uma tecnologia de informação e comunicação.

Pois a Superinteressante e a Galileu sentaram o pau no Facebook este mês. A Super foi ainda mais cruel e estampou na sua capa um ódio sangrento. No entanto, o artigo da Galileu não é menos ácido e compara a plataforma a "um cachorro gigante que corre na sua direção e que vai arrancar a sua cabeça..."

Não que eu acho que não mereça uma séria avaliação crítica da plataforma de relacionamento social. O dado apresentado por Bia Granja, na Galileu, é realmente alarmante: "30% dos brasileiros têm no Facebook sua fonte primária de notícias e informações". Quem acha, então, que a brasileira Rede Globo é que edita a pauta no país, pois agora quem o faz são os logaritmos do norte-americano Mark Zuckerberg!

E tenho convicção que, ao depurar esse dado para apenas os jovens, essa porcentagem sobe de forma exponencial. Ou seja, a geração que irá administrar o planeta em breve bebe, em grande parte, apenas de uma fonte. Nem nos mais inebriantes planos dos vilões magnatas da mídia do Séc. XX se imaginava tal cenário.

Se juntarmos com o Google, o sonho do uso da internet como o lugar da diversidade está sendo transformado no pesadelo da concentração e edição da informação e do conhecimento conforme um ou dois programas de redirecionamento de uma ou duas empresas.

No entanto, não fico tranquilo com essa súbita iluminação das editorias de jornalismo que, de repente - após anos enaltecendo as plataformas de redes sociais - , resolvem abrir sua caixa de ferramenta. Minha paranoica perseguição por uma boa teoria da conspiração diz que, quando se bombardeia a linha de frente, é porque tem coisa maior vindo atrás.


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