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Mostrando postagens de agosto, 2016

Viva a morta: nunca se assistiu tanta TV!

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Pesquisas indicam que o hábito de ver TV ainda é forte. Crédito: Pixabay CC0 Public Domain A morte anunciada da TV está mesmo cada vez mais distante. Depois do sucesso televisivo das Olimpíadas , retorno com uma série de pesquisas recentemente divulgadas pela  Tela Viva News que mostram um telespectador ainda ávido por conteúdo de televisão. Relembro: ver televisão não é ligar o aparelho da sala, mas consumir um produto, entre outras coisas, que é linear, com ritmo e gramática próprias, sem grandes interatividades da audiência. Ou seja, é sentar e ver! Aliás, é o que diz uma pesquisa da Discovery Networks, que aponta que "a preferência do espectador é ainda pela oferta de conteúdo linear: 81% é a média de consumo global em nove países pesquisados". Brasil, entre eles. Vamos a outros sinais: em plena crise financeira, a suposta moribunda TV paga cresceu sua base de assinantes em junho e julho. Outras pesquisas também indicam que a classe C que, recent

Olimpíadas e o ouro da televisão

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Transmissões ao vivo das Olimpíadas bateram recordes pelo mundo. Crédito: Record As Olimpíadas são mais uma mostra que a anunciada morte da televisão continua sendo um discurso ainda a ser melhor comprovado. Os números dizem por si: mais da metade do mundo acompanhou com frequência, com recordes de audiência em todos os sentidos. 2,5 bilhões de pessoas acompanharam a abertura do evento. A Globo chegou a ter mais audiência que na Copa do Mundo. Os bares, essas manifestações cruas da realidade, transmitiam jogos de handebol... Antes de mais nada, tem a questão da grana. Os indícios de que o negócio continua bom foram fartos. As emissoras abertas transmitiam as competições, mesmo que concomitantemente entre elas. Mudaram grades tradicionais, mantiveram equipes com alto custo de estrutura. Nos canais pagos, dezenas de opções durante todo o dia. Trocentas mesas redondas. Na minha cabeça de ex-produtor, só pensava que cada transmissão tinha uma equipe complexa de técnicos e apr

Pokémon Go: é só um jogo.

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Pokémon Go: previsão de inúmeros TCCs, dissertações e teses. CC0 Public Domain Abri um armário, encontrem um Pokémon. Ao abrir minha gaveta, lá estava mais um. Tinha um em cada degrau da escada... Mas, eu não baixei o jogo nem estava muito a fim de entender a modinha virtual. Porque então tinha um Pokémon junto à minha escova de dentes? Meu filho de oito anos não tem celular, mas isso não foi o suficiente para impedi-lo de entrar na nova onda gamer. Na incompreensão dos pais de colocá-lo na contemporaneidade, ele criou sua própria realidade virtual. Pegou sua caixa com zilhões de cartinhas de Pokémon, as clássicas de papelão, e escondeu por toda a casa. Em seguida, nos deu... como chama isso mesmo, menino? ... ah, uma Pokébola! E daí passamos a 'capturar' os Pokémons. A mãe, ao arrumar a casa, foi um sucesso. Já eu, que não consigo achar meus óculos... Assim, um fenômeno do qual eu estava querendo passar batido, me assaltou e, quando acontece coisas assim, querendo ou

TV Morfosis Brasil 2016: Reinvenção da televisão: novas mídias, novos desafios

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15 de setembro 19:15 – 19:35 ABERTURA OFICIAL Reitor da Univap – Jair Candido de Melo Celso Menegueti - Diretor FCSAC-UNIVAP Gabriel Torres – Diretor Sistema de Radio e Televisão – Universidade de Guadalajara Fernando Moreira - Diretor TV Univap/Presidente ABTU 20:00 - 21:00 PRODUÇÃO COOPERADA DE CONTEÚDOS NA TV UNIVERSITÁRIA E EDUCATIVA Mediador: Claudio Magalhães Gabriel Torres – Canal 44 - UDG Fernando Moreira - Diretor TV Univap/Presidente ABTU Germán Peres- Canal Zoom – Colômbia 21:30 -22:30 DISTRIBUIÇÃO DE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS EM PLATAFORMAS DIGITAS Mediadora – Elisa Weeck Paulo Polli – Gerente de conteúdo TV Climatempo Miquel Francés – Universidade de Valencia Armindo Ferreira – Especialista em Midias Digitais 16 de Setembro  14:30 – 16:00 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 16:30 -17:30 O NOVO PAPEL DO JORNALISMO Mediador: Claudio Magalhães Vânia Braz de Oliveira – FCSAC /UNIVAP Kátia Zanv

Apostas de especialistas há 14 anos: o otimismo perdeu.

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Especialistas tentaram adivinhar, em 2001, o Brasil de 2015. A Revista SuperInteressante de setembro de 2001 comemorava 14 anos e convidou 14 especialistas para dizer como estaria o Brasil em 14 anos, ou seja, em 2015. Em post passado , já havia comentado as 14 apostas da publicação na tecnologia, e o resultado foi um tanto decepcionante. No caso dos especialistas, o placar inverteu, mas o triste foi a derrota do otimismo. Certamente, a análise está menos fundada em dados científicos e mais na percepção do cotidiano - onde efetivamente está a vida ordinária (no bom sentido). Com isso, imagino que cada um também teria a sua opinião. Água: o então diretor de Agência Nacional de Águas, Marcos Freitas, disse que, se não tomássemos cuidado, teríamos graves problemas de abastecimento, em especial, São Paulo. Como não escutaram o moço, a crise híbrida de 2014/2015 confirmou as suspeitas. Marcos Freitas, otimista, disse que, se o Estado pressionasse os grandes poluidores, rios mortos c

Sasha e as TVs Educativas: 18 anos depois

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Ilustração de Son Salvador - Estado de Minas, Seção de Opinião, p. 9 - 9, 31 jul. 1998 Há exatos 18 anos, publiquei uma coluna no Estado de Minas com o título Sasha: a esperança das TVs Educativas . Era um artigo comemorando o nascimento da filha da Xuxa, na ocasião um momento mega midiático, com direito há 10 minutos de cobertura no Jornal Nacional e milhões de páginas impressas. Na ocasião, manifestei a esperança de que, quando chegasse na adolescência, ela se tornasse uma rebelde ao enfrentar o clássico momento de negar os pais e sua cultura. Aí, Sasha seria aquela que resgataria a TV educativa de sua marginalidade e seria nossa Joana D'Arc na defesa dos pobres radiodifusores desprezados. Como, ao que parece com a postagem da semana passada, estou em uma fase revisionista, fui dar uma olhada no que eu mesmo previa e ver como está o panorama na semana em que a Sasha completou sua maioridade (desta vez, ainda bem, sem o mesmo estardalhaço). Bem, como sabemos, Sasha não f