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Mostrando postagens de março, 2016

Tay e armas: quando a tecnologia mostra o nosso pior.

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Tay era uma adolescente virtual com IE: bastou um pouquinho de internet para que ela virasse nazista! O que o filme O Último Samurai  e a Tay, a adolescente com inteligência artificial (IE) criada pela Microsoft, têm em comum? Tudo, pois mostram que a tecnologia pode, apesar de todas as suas coisas boas, ser uma mostra fidedigna do que nós temos de mais horrível e desumano. Recentemente vi os momentos finais do filme O Último Samurai. É sanguinolento que doí, a última batalha entre um exercito recém atualizado com armamentos de última geração e um bando de samurais apenas com espadas e cavalos. Canhões, espingardas de repetição e as metralhadoras ainda reluzindo de novas ceifando as vidas em dúzias por segundo. Não, não me sinto melhor porque sei que é um filme muito bem produzido. Tenho certeza que a realidade onde foi inspirado é ainda muito pior e não se encaixaria na faixa etária da produção. Ali está apenas a face amenizada da violência do homem, que mata por quinquilharias

TV Digital: agora vai? Vai, mas não para onde deveria.

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Angélica dando adeuzinho à TV Analógica: se agora o foco é o telespectador, significa que a TV Digital vai emplacar? Crédito: divulgação A Globo tem feito uma grande campanha para que o telespectador seja o agente de mudança da TV Digital.  Será o sinal dos tempos de que agora a mudança ocorrerá? Não no sentido tecnológico, uma vez que é inevitável a troca do sistema analógico pelo digital, dado os interesses comerciais das empresas de telefonia. A dúvida é se esse mudança será para uma TV Digital com avanços sociais como aconteceu na Argentina ou um atraso socioeconômico como aconteceu em Portugal. Por uma lado, quando vejo a Globo fazendo um enorme investimento para que parta dos telespectadores o desejo de mudança tecnológica, investimento, tanto pelo volume de chamadas como pelo uso de seus artistas, fico pensando que "agora vai". Afinal, se a maior e mais poderosa emissora do país vê que precisa das pessoas para efetivar a mudança - e não somente pelas maquinações

Crianças que não brincam estão indo ao fisioterapeuta. Adivinhem de quem é a culpa?

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Qual a última vez que vocês foram numa praça? Crédito: CC0 Public Domain Na capa de um jornal a machete alerta: " Sem brincadeiras ao ar livre, crianças 'correm' para a fisioterapia ." E dá-lhe distribuição de culpas: pais, escolas, violência nas ruas, apartamentos apertados, videogames e tecnologia. De fato, a situação é complexa, mas não nos redime de pensarmos sobre isso e não deixarmos por conta do determinismo ("ah, o mundo hoje é muito complexo"). Há soluções que, no final das contas, podem ser simples. Vamos aos problemas: de fato, realmente não podemos mais mandar as crianças para as ruas, brincar de esconde-esconde ou empinar pipas. São muitos carros, fios elétricos e pessoas mal intencionadas. De fato, os imóveis são pequenos e raros tem área de lazer adequada, e casas são cada vez mais raras. De fato, os videogames e as demais tecnologias interativas (internet e videos sob demanda) são altamente sedutores e arrastam a atenção da meninada.

Não existe almoço (nem internet) grátis

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Dilma e Zuck: não curti. Crédito: EBC O Facebook quer dar internet grátis para os países pobres. Nós estamos na lista À princípio, como dito pelo próprio Mark Zuckerberg, criador do Facebook, "quem poderia ser contra isso?" Bem, a Índia foi contra e proibiu o projeto "Internet.org", a tal da internet grátis. Então, se não é tão simples assim, quais são os lados desta história? O que seria bom para o contexto brasileiro? Mas adianto que, como todo bom mineiro, a desconfiança do moço da cidade grande querendo dar alguma coisa sem volta é por demais grande! A questão nem é tão complicada assim: a Internet.org daria a internet até na página 10. A internet estaria liberada para um conjunto de sites predeterminados e que, de acordo com o Facebook, entre eles uma série ligada aos interesses sociais, como as páginas dos poderes públicos. As demais, é claro, seriam aquelas de interesse, e das parceiras, do Facebook. É como ter TV paga de graça em casa, mas só os c