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Mostrando postagens de novembro, 2019

A vilania em A Dona do Pedaço pode pedir música no Fantástico?

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Estes marcaram golaços nos minutos finais... Crédito: Divulgação TV Globo Eu gosto de TV. E, no Brasil, gostar de TV significava, até pouco tempo, gostar também de novela. Bem, eu perdi o gosto há um tempo, mas costumo voltar, de vez em quando, para me lembrar porque é mesmo que parei de gostar. Fui, então acompanhar o último capítulo da A Dona do Pedaço (os melhores capítulos são sempre o primeiro e o último). Fique abismado: não é que TODOS os grandes vilões se deram muito bem no final? Tá certo que o mundo não é mais tão bem e o mal, separadinhos, mas daí todos se safarem, e ainda no lucro? Onde esses roteiristas estavam com a cabeça? Vejamos... Rapidamente: um assassino profissional (portanto, já em débito), mata um motorista e um policial e termina nos braços da amada em uma praia paradisíaca. Uma estelionatária de primeira grandeza não só não paga por seus crimes, como tem um upgrade na carreira e vira, ela própria, uma assassina profissional, por sinal, bastante eficiente

O Mamute e o Tigre: a fábula de uma TV em mutação

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Faz de conta que o Mamute é a TV e o Tigre é a Internet: estão achando melhor entrar em acordo, não? Imagem de Michi-Nordlicht por Pixabay "A televisão é um elefante rumando para o cemitério, mas, até chegar lá, ainda vai derrubar muita mata pelo caminho". Essa frase é de Walter Silveira, me relatada pelo mestre e amigo Gabriel Priolli. Somo a essa lembrança uma mais recente, de outro amigo, e agora meu mais novo mestre, Fabiano Pereira, quando apresentou dados de que o elefante continua seguindo em frente. No entanto, penso que talvez a melhor metáfora seria usar o mamute: também caminhou para o seu fim, mas, antes que acontecesse, deu bases o moderno elefante, um novo ser, mais forte e mais adaptável, com características e habilidades copiadas de outros seres com quem convivia. É a lei da evolução também acontecendo nas tecnologias de comunicação em massa. Isso não faz com que Walter, profissional de longa data da televisão brasileira, passando pela TV Cultura de Sã

Como um email mudou o mundo há 50 anos!

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A Internet mudou o mundo com você dentro! Imagem de Pete Linforth por Pixabay Há exatos cinco décadas atrás, o mudou começou a mudar de tal maneira que não o reconhecemos mais sem essas mudanças. Não, não estou falando da chegada do homem na Lua. Foi muito mais importante: duas letras transitaram entre dois computadores, um protozoário de um email, e a célula que iria se transformar no monstro angelical fez a sua primeira divisão: estava criada a Internet! Já defendi aqui o quanto a pisada da humanidade na Lua foi importante, ao mesmo tempo que desprezada. Mas não é possivel nem brincar de comparar. Afinal, os astronautas foram só mais cinco vezes no nosso satélite, encerrando as atividades turísticas cósmicas em 1972. Já a Internet, convenhamos, dominou o mundo neste tempo. Ou melhor, as pessoas sobre ele. E não deixo de ficar impressionado: foram só 50 anos! Quantas gerações a agricultura, a revolução industrial, a eletricidade levaram para conquistar o mundo? Já essas cinco

Socorro! Os jovens estão desistindo! (ou Deem-lhes asas, não tijolos!)

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O que estamos fazendo (hoje) para ajudar os jovens? Crédito: Paixabay Que mané sobre cinema o quê! O grande escândalo que foi noticiado e que deveria ter chamado a atenção no Enem passou desapercebido: 30% dos formandos da escola pública não se inscreveram no Enem! Se somar com aqueles 40% que não concluíram o Ensino Médio , de fato temos uma minoria de jovens de 19 anos, especialmente nas classes vulneráveis, que disseram algo como "estudar não é pra mim!" Para quem gostou de comentar sobre o tema da redação do Enem de 2019, aviso de spoiler: estamos nos créditos iniciais de um filme catástrofe! Amplio a angústia daqueles que já notam mais um dos fatores do alargamento da indecente desigualdade social: 95% dos alunos das escolas privadas disseram presente para o Enem. E ainda falta apurar se, dos 23% que desistiram no primeiro dia (mais de 1,2 milhão!!!), qual a porcentagem era das escolas públicas. Mas, daí, nem sei se importa mais tanto! Caramba, são Jovens! Desi