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Mostrando postagens de março, 2017

Pare de olhar seu celular: não somos multitarefas

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Você pode estar parando seu raciocínio 80 vezes por dia! O motor não aguenta.... Crédito: pixabay CC0 Public Domain Quantas vezes você olhou no seu celular hoje? Pode desconsiderar aquelas olhadas para ver as horas. Conte apenas quando teve que desbloquear, porque aí você estava motivado para fazer alguma atividade que exige mais atenção. Então? Chute alto. Umas vinte vezes? Pois saiba que os brasileiros conferem seus celulares 78 vezes em média, por dia. Agora imagine qual seria o desgaste do seu carro se você ligasse e desligasse ele nessa média diária? Você acha que quem é mais forte, seu cérebro ou o sistema de ignição do seu veículo? Esqueça essa conversa fiada de que somos multitarefas. Nosso cérebro é uma parte de nossa fábrica totalmente desproporcional quanto ao seu custo energético: ocupa 2% da área, mas consome de 20 a 25% da energia. Além disso, se você acredita que ele está ali para você guardar o que de legal você leu para depois usar na entrevista de emprego ou pa

Educação Infantil e Novas Mídias

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Página da Cartilha Formação de Professores em Linguagem Digital para docentes de Educação Infantil.   Tenho a impressão que o único segmento da educação brasileira que tem dado um certo orgulho é o da Educação Infantil. Não estou nas salas de aula pelo país, e minhas impressões são restritas ao meu nano ambiente e aos dados estatísticos que, porventura, chegam às minhas vistas. Portanto, pode ser uma visão enviesada ou, talvez seja a resposta, a Educação Infantil é fonte de esperança para os educadores tristes como eu e, desta maneira, ao ver ou imaginar crianças brincando, sem a ditadura de um currículo acachapante ou de professores pressionados a dar resultados estatísticos, ali está uma utopia para a educação como um todo. Fato é que, incentivado pela então mestranda Fernanda Câmpera Clímaco, que dedica a sua vida à educação infantil como um todo - ajudando professoras, gestores e alunos, pude entrar mais nesse mundo, ainda um ambiente de aprendizagem um tanto puro de neur

Oba! Acabou o ranking do ENEM!

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Classificação do MEC era controversa, mas atendia um fetiche das escolas Imagem Pixabay CC0 Public Domain "Primeirão!" Então, não é de hoje que queremos ser o primeiro. Desde criança, estar à frente era algo desejável. Fora as questões antropológicas, sociais e psicológicas do porquê desta necessidade, e que nos é inerente, o importante é que a Educação deve ser a prática que nos coloca de volta aos eixos, neste caso de que só um pode ser o primeiro e que os demais não devem ser depreciados por conta disso. E que ser o primeiro tem um custo alto e, em grande parte, pouco prazeiroso e satisfatório fora aquele momento de levantar a mão, cruzar a linha final ou aparecer no topo da lista do ranking. Bem, deveria ser a prática da Educação, pois não parece ser o caso de muitas escolas por aí, focados na fita de chegada. Isso, tudo isso para comemorar a decisão do MEC de não mais divulgar uma lista com as escolas que tiveram alunos com as maiores notas no Exame Nacional do En

Enem e um Colégio Militar

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Edição que traz resultado de uma pesquisa sobre o ENEM e o impacto em um colégio militar. O Enem é uma prova de que o inferno está recheado de boas intenções. O Exame Nacional do Ensino Médio surgiu cheio de boas ideais. Primeiro, criar uma métrica no país que pudesse servir para substituir os defasados vestibulares. Como uma consequência positiva, servir também de parâmetro para outros processos de seleção, como bolsas e estágios. E o melhor de tudo, aproveitar que se vai mudar o paradigma de entrada no ensino superior, mudar também o paradigma de avaliação: que tal cobrar menos conteúdo estanque de apostila e mais raciocínio, conexões entre o conhecimento e a realidade, aplicação real daquilo que é dado em sala de aula? A ideia era ótima, mas, ao que parece, uma boa parte deu errado. O que era para revolucionar o ensino virou cartilha para sobreviver a uma corrida maluca para uma vaga em uma universidade, preferencialmente pública. Se antes do ENEM só víamos nos cursinhos pré-