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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Escrita cursiva está condenada pelas tecnologias?

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Crédito: kyasarin CC0 Public Domain A necessidade ou o fim da escrita cursiva é um tema que ainda não consigo ter uma opinião formada. O artigo abaixo não me ajudou: traz os dois pontos de vista de forma equilibrada e com bons argumentos. Por um lado, eu mesmo recomendo aos meus alunos  que façam anotações das aulas, pelos mesmos motivos elencados na análise: ajuda a tirar o cérebro da sua região de conforto e, com a incompletude da escrita, força os alunos, na releitura, completar com os seus sentidos próprios. A soma desses (e outros fatores), auxiliam na fixação do conteúdo. Mas é óbvio que as novas tecnologias estão para ficar e que, consequentemente, nunca se escreveu tanto na humanidade. É uma armadilha ou uma oportunidade? A Finlândia - que, convenhamos, não costuma brincar com a educação -, já está limando a escrita cursiva, como já comentado aqui . Não acredito que toda tecnologia deve chegar e pronto, baseada no argumento de que melhora a vida das pessoas e suas

Umberto Eco, neve em Nova Iorque e Netflix interferem no negócio de TV

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A morte de Umberto Eco foi destaque no JN: gente boa demais, mas grande parte desconhecia a sua existência. Exceto aqueles que gostaram da reportagem sobre os novaiorquinos aproveitando a neve. Depois ainda reclamam que as pessoas estão indo para a internet... Quem, como eu, defende que a TV não vai acabar com o expansão das novos tecnologias digitais, sabe que ela, no mínimo, está sofrendo. Quem costuma ler as fofocas de bastidores das TVs (como eu), sabe que o facão anda comendo solto, e as despesas estão sendo cortadas. As emissoras ainda estudam maneiras de se adaptar aos novos tempos. Mas a TV  não é um videolaser ou as fitas Betamax, que dependiam de aparelhos específicos. Televisão é muito mais que a caixa de imagens, é um conceito e uma experiência, e esses podem ser contemplados em variados outros ambientes. Um novo estudo internacional, relatado pela Folha , continua a trilhar os fatos que mostram a internet afetando ao negócio da TV. As exibidoras de conteúdo via inte

Para o futebol, TV é campo, não bilheteria: os times brasileiros negociam mal os direitos de imagem

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Multinacionais só estampam camisas de campeonatos exibidos em diversos países. O que não é o caso do Brasil, que gosta mesmo é de um mercadinho de esquina. Crédito: Pixabay CC0 Public Domain Uma final de um confuso esporte que só existe em um país, tem o mais caro comercial do mundo e é assistido em mais de 170 países. O campeonato de futebol da Bélgica é transmitido para o Brasil. E os jogos dos penta campeões do mundo sequer são transmitidos na América Latina. Para fechar a fatura do amadorismo futebolístico, os cartolas ficam fazendo leilão com as emissoras para ver quem paga mais para dar lucro à TV Globo. Tudo errado! Como vimos anteriormente , a final do campeonato norte-americano, daquele futebol com as mãos, é um espetáculo síntese do que é fazer TV. Não deixa de ser impressionante como um esporte local (sim, não é mais do que isso, ainda mais se comparado com o futebol de verdade, super popular por todo o planeta), atrai tanta audiência e tanta grana. Mas não é surpre

Super Bowl e Desfile das Escolas de Samba é TV na veia!

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Desfile das Escolas de Samba e Super Bowl 2016. Créditos: G1 e NLF Uma feliz coincidência que a final do mais caro evento televisionado mundial tenha acontecido ao mesmo tempo que o maior espetáculo de carnaval do planeta. Dava para acompanhar os dois, com um simples toque no controle. E perceber que tudo aquilo só era possível por conta da televisão, essa "moribunda" que não morre. O Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, e o Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro são o passado, o presente e o futuro da TV. São daqueles produtos que explicitam o que a televisão faz de melhor, inserir a audiência dentro do evento, que acontece agora, do qual não se tem controle e nos coloca na posição real do que somos, um assistente do que acontece, e não o seu protagonista, como nos iludimos com o excesso de suposta interatividade. Mas, mesmo relegados a nossa condição de audiência passiva (no sentido de comandar o roteiro, não de dar sentido ao que está ac