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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Governo acovarda-se e Marco Regulatório não é encarado

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Então, mais uma vez falta coragem aos políticos brasileiros para encarar o problema do marco regulatório das comunicações eletrônicas que estão, na maioria dos casos, com a legislação de cinquenta anos atrás. Período, diga-se de passagem, em que a internet e digitalização da radiodifusão eram temas de ficção científica.  O depoimento do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, durante a abertura do Seminário Política de(Tele)comunicações , foi uma cachoeira de água fria. Segundo ele, como o tema é complexo, precisa de mais “uns dois ou três anos” de discussão. Brincadeira, né? O primeiro esboço de marco regulatório que li é ainda do tempo do ministério Pimenta da Veiga (1998-2003) e, mesmo sendo do governo PSDB, já previa uma tentativa de transformar o sistema de radiodifusão de uma extensão das oligarquias ruralistas e patriarcais do início da República em, pelo menos, um negócio de administração de um bem público, como no caso da radiodifusã

700 MHz: o Pré-Sal da Radiodifusão

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Estamos em plena disputa político-econômica de quem vai ficar com a herança dos atuais canais das TVs abertas analógicas quando migrarem para a TV Digital, os tais 700 MHz reservados no espectro brasileiro para o trânsito destes sinais. De um lado as poderosas e recém-naturalizadas telefônicas, dez vezes maiores que suas adversárias, as oligárquicas empresas de radiodifusão brasileiras. É uma disputa que está passando ao largo daqueles que não entendem, mas também daqueles não querem entender por puro ranço tecnológico. Cada vez que vejo notícias da imprensa especializada, é um lado que envia sua bomba. Radiodifusores defendem as emissoras de TV e rádio alegando desde a tecnicidade das novas tecnologias, como 4K e 3D, até as ciências humanas, como a nossa cultura de TV gratuita. A turma dos telefones, igualmente, diz precisar de mais espaço para as próximas gerações, como a 4G e a ampliação do tráfego de dados para os smartphones da emergente classe C. Neste sam

Jornal Nacional e sua pior audiência

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Foto: Divulgação Foi anunciado que o Jornal Nacional teve a sua pior audiência da história. Fez uma média de 24,5 pontos, caindo sete pontos em relação ao ano passado. Esse anúncio é dado com prazer pela concorrência da emissora. E alguns ainda utilizam da notícia para comprovar a decadência da poderosa e, de quebra, da televisão como um todo, engolidos que serão pelas novas tecnologias. Bobagem. A Globo e as demais emissoras não se preocupam com a audiência e sim com o faturamento. Haja a vista o Big Brother Brasil , a cada ano com menos público, mas com recordes de caixa. O faturamento   das emissoras abertas cresceu 9% em 2012, enquanto o país patinou em 1% e a inflação foi de 5,84%. E como a Globo abocanha a maior parte desta grana, imagino que ninguém lá deixou de dormir por conta desta queda. Além disso, janeiro é um mês atípico e péssimo para fazer formulações sobre o ano todo. O que é certo é que os telejornais são os produtos televisivos que mais s