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Mostrando postagens de abril, 2021

Indígenas usam tecnologias para manter língua e cultura vivas

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Indígenas antenados com a tecnologia para preservação da Cultura. Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil Da série, "para quê reescrever se jamais ficará melhor do que o já escrito". A Agência Brasil é a agência de notícias estatal do país, bancada com orçamento público e com objetivo de divulgação de notícias de interesse social para órgãos de imprensa nacionais e internacionais. Nem sempre o faz, a depender do chefe, mas, em geral, como neste caso, seus profissionais cumprem bem sua missão. Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - 19/4/2021 Parte das 170 línguas indígenas no Brasil corre o risco de desaparecer O xokleng é uma língua falada apenas por uma comunidade indígena no Vale do Alto Itajaí, na região central de Santa Catarina, onde vivem mais de 2 mil pessoas. Boa parte das 170 línguas indígenas existentes no Brasil corre o risco de desaparecer. Por isso, desde a década de 1990, o linguista Namblá Gakran tem trabalhado para resgatar e manter

Brasil alcança a Idade Média

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  Saímos do atraso de não termos nosso período medieval. Imagens: Pixabay  Invejosos, esses tais brasileiros! Não tendo uma Idade Média para chamar de sua, resolveram construir uma só para si, em pleno Séc. XXI. Vejamos: tal período da História é marcada por fome, peste e guerra, e uma brecada forte no desenvolvimento de tecnologia. Só para incitar a leitura: cresce o número de pessoas com fome no país que bate recordes na agropecuária; somos recordistas de mortes violentas no mundo, com 12% delas acontecendo por aqui e temos os mesmos 12% de todas as mortes na pandemia da Covid-1 9 , mesmo sendo apenas 2,7% da população do planeta. Para arrematar, uma em cada quatro famílias brasileiras agora cozinha com fogão de lenha , quase 30% a mais desde 2016. Mas tem muito mais, inclusive na política. A campanha 'Por que o Brasil não teve sua Idade Média?' é forte já alguns anos, mas intensificada, pois o país não pode parar. Mas sabemos que tal período histórico, embora alguns digam

Parei de dizer obrigado e por favor, e falo isso a partir de Marte!

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  Gentileza gera gentileza até em Marte! Imagem: Nasa. Num mundo cada vez mais sem noção, não tive dúvidas em acrescentar um título sem pé nem cabeça. Mas, esclareço: o propósito, em tempos de pandemia e desnorteamento global, é falar como a força dos detalhes cotidianos – e a mudança neles – podem nos dar uma sanidade extra. E, na minha humilde opinião, a busca pelo afeto como solução, pode vir tanto de uma mudança de hábito cultural como da ciência que nos leva a Marte. Humm... acho que não ajudou muito! Bem, para pensarmos mais e matarmos a curiosidade, e também combater outro mal dos tempos – o imediatismo – melhor ler um pouco mais. Será que conseguirei defender um ponto de vista misturando peculiaridades linguísticas com um pioneirismo extraplanetário? Tenha paciência, habitante de um país onde cultura e ciência têm sido negadas como um iogurte com prazo vencido. Os dois fatos distantes com que quero fazer um mexido são o uso do ‘obrigado’ e ‘por favor’ e a experiência do Ingen

Como os comunicadores não enlouqueceram na pandemia?

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Os professores de comunicação foram os mais atingidos. Imagem de Gerd Altmann por Pixabay  Na realidade, o nome real da pesquisa é Como trabalham os comunicadores em tempos de pandemia da Covid-19 , realizada pelo Centro de Pesquisa Comunicação & Trabalho da ECA/USP. Mas, dando uma olhada nos resultados, para mim o maior mistério está na pergunta do título deste post. Ou talvez estejamos todos já malucos, mas a insanidade não nos permite o reconhecimento. Porque foi uma loucura o que se transformou a vida dos profissionais de comunicação que, lembro, não estão naquele popular rol de profissões legitimamente consideradas heroicas durante a pandemia (profissionais da saúde, neoeducadores virtuais, bombeiros, garis), e muitas vezes muito antes pelo contrário! É impressionante como é uma profissão ao mesmo tempo invisível, ao mesmo tempo sustentada pela visibilidade, alvo de desconfiança e confiança em proporções semelhantes. Isso porque, se sabemos algo crível sobre a Covid-