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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Pós-verdade tem pouco de pós e muito de humano

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Quem acha que pós-verdade é algo novo, devia ler esse clássico A palavra da moda é a "pós-verdade". Em 2016, o Dicionário Oxford a elegeu ( post-truth ) como a de maior destaque do ano. Para os britânicos, é um adjetivo e, portanto, precisa de um substantivo para puxar o saco ou denegrir. Mas, tal a quantidade de artigos e debates que tem sido alvo, a palavrinha tem se destacado mais como um nome próprio (estaria, ela mesma, virando uma pós-verdade?). E, geralmente, está intrínseca a algo moderníssimo, criado pela sociedade da informação e pela profusão das mídias sociais eletrônicas. E pela guinada à direita da humanidade, que agora sufoca a verdade através de suas manipulações. E que estamos, portanto, a beira do abismo ao entrar em uma nova era, a era da pós-verdade. Bobagem. A tal pós-verdade sempre existiu, é inerente ao homem e gostamos bastante dela, sendo de esquerda ou direita. O que é verdade é que, realmente, é um adjetivo: o homem é pós-verdade! Segundo Ox

Atletiba e outros contos da TV X Futebol

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Não rolou! Mas não é de hoje que cartolas têm uma relação errada com a TV. Será que a coragem paranaense pode mudar o jogo? Crédito: site do Coritiba . As equipes de futebol do Atlético-PR e Coritiba se recusaram, mesmo diante de 20 mil pessoas, a disputar o clássico, conhecido como Atletiba. Tudo isso por causa do YouTube. Será tal ato de coragem o inicio de uma revolução, digna da transposição do mundo analógico para o digital? Só o tempo dirá se é uma esperança ilusionista ou mesmo um marco para a democratização da comunicação esportiva. O histórico não é favorável e tenho algumas pequenas histórias para ilustrar. Mas, também eram outros personagens, e em outros tempos. Será? Primeiro, a história mais atual e impactante. Os dois principais times do Paraná, e também da elite do futebol brasileiro, Atlético-PR e Coritiba, iriam jogar neste domingo, dia 19 de fevereiro. Que beleza, torcida compareceu, um clássico de grande rivalidade, início de ano propenso a essas disputas loca

Será que a 2a. tela já caducou?

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Netflix e novo controle mudam (ou reforçam?) os hábitos de ver TV. Crédito: Pixabay CC0 Public Domain Lembrando: é um senso comum que a TV agora funciona com (ou como) uma segunda tela. Ao assistir, um outro dispositivo (smartphone, tablet, netbook) estaria aberto com outra tela, com conteúdos complementares e/ou aplicativos de relacionamento digital. A pergunta agora é: afinal, a tal 2a. tela está correspondendo ao que acreditamos que ela faria? Já tratamos da segunda tela em diversas ocasiões, graças a dados de estudos, como a Pesquisa Brasileira de Mídia , a próxima entrada da TV Híbrida e em um amplo artigo publicado em 2015, entre outros momentos. O que há de novo (se bem, que nem tanto) é a confirmação, de um lado, do sucesso de plataformas de conteúdo assinadas, como a Netflix e Globoplay, mas, do outro, que as pessoas querem continuar assistindo televisão da maneira, digamos, 'clássica'. Que maneira seria essa? Ora, simplesmente ligando o aparelho televisor

Alike Rubem Alves

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Uma pausa para assuntos e textos muito longos, para se encantar com a animação "Alike", de Daniel Martinez Lara e Rafa Cano Méndez, vencedor de nada menos que 64 prêmios. Acabei de ler uma biografia do enorme Rubem Alves. A biografia não é lá essas coisas, mas serviu para lembrar do mestre. Tenho orgulho em dizer que fui um dos milhares de educadores que mudaram sua vida pessoal e profissional após suas palavras. Mas Alike traduz muitíssimo bem qualquer coisa que eu possa dizer sobre esse ser humano fantástico, que dedicou a sua vida para melhorar a visão de vida dos demais seres humanos.