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Mostrando postagens de outubro, 2019

Enem e BH: excelência de ensino ou um show de quem vai ser o dono da rua?

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Belo Horizonte tem o maior número de escolas no ranking do Enem: o que a capital mineira tem de especial ? Imagem de Gerd Altmann por Pixabay Já escrevi algumas vezes sobre meu incômodo pela disputa das escolas para estarem bem posicionadas no ranking do Enem. Volto ao assunto, dando continuidade as indignações sobre o caso do Colégio Magnum , no post anterior, que me pareceu um dos perversos efeitos colaterais do mal que minha cidade sofre: por que justamente Belo Horizonte concentra tantas escolas bem ranqueadas? Uai, isso não deveria ser motivo de orgulho? À princípio, sim. Mas fui desconfiando ao longo desses últimos anos. Assunta daqui, assunta dali, não consegui ver o padrão de qualidade associado, por exemplo, ao que acontece no Ceará, onde uma política de estado (e não mais de governo), parece ter colocado a Educação como uma prioridade. Não à toa, Fortaleza emplacou seis escolas dentre as 50 em 2018.  É o mesmo número de escolas de São Paulo, o que também faz sentid

Colégio Magnum é uma nova Escola Base? E a fácil arte de não aprender!

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Colégio Magnum (BH) e Escola Base (SP): 25 anos as separam no mesmo esporte cruel de acusar sem checar. Imagem de kalhh por Pixabay Condenaram uma escola e seus profissionais do mais cruel e nojento crime contra crianças. Viu-se que não haviam provas. Não, não é o caso da Escola Base , em 1994, que acabou socialmente com a instituição e parte de seus educadores. Aconteceu em 2019! Pior, há conotações comerciais cínicas, de disputa de um mercado e interesses publicitários, num contexto onde o que menos importa são os estudantes. Tudo isso, sim, é que é cruel e nojento! Do princípio: há duas semanas, no domingo (dia de maior leitura), em Belo Horizonte, estamparam-se fotos imensas de uma escola tradicional da região nordeste, com manchetes do tipo "polícia investiga abuso sexual de aluno de três anos no Colégio Magnum". Isso mesmo, nada de "suspeita de" ou algo do gênero. Seguiu-se previsível show midiático nos dias seguintes, na mídia em geral. Na quinta-feir

Quem aí acha que a tecnologia está nos fazendo trabalhar mais, levanta a mão! (mas cuidado para não deixar cair o smartphone!)

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Se estamos trabalhando mais com as novas tecnologias, estamos fazendo uma heresia! Crédito: Pexels por Pixabay Tecnologia é a invenção da Humanidade para que ela trabalhe menos. Eu sei, parece piada. Hoje. Nesse século. Mas não era assim. Então, taí um bom motivo para pensarmos sobre o que fazemos com as novas tecnologias, principalmente as ligadas a Comunicação. Desde as primeiras pedras lascadas, quando começamos a subir da série D para o topo da série A na cadeia evolucionária e alimentar, o objetivo era diminuir ou substituir nosso esforço para realizar uma determinada tarefa. Cria-se um aparato que fosse uma extensão de nós mesmos, mas ainda melhor, mais eficiente e fizesse o bagulho em menos tempo. Ao invés de rasgar a pele dos animais com as próprias mãos, melhor usar a lâmina de pedra. O resultado é uma proteção ao frio mais rápida, mais limpa, e um tempinho a mais para dormirmos aquecidos. E posso repetir o processo, sem ter que lascar outra pedra. O lado B da história

Os jovens estão doentes. Não tristes!

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Jovens em sofrimento mental é a epidemia dos novos tempos. Foto: Emily Wills - Pixabay Você conhece alguém que tirou sua própria vida. Ou alguém que conheceu alguém próximo. Era um/a jovem. E foi recentemente. Pois é, isso não é normal. Embora esteja parecendo. Repito, não é normal, não se acomode pensando que é. É um deprimente fenômeno novo. Preste atenção! Os números estão por aí: no mundo, é a segunda causa de mortes entre 15 e 29 anos. Hoje, morre-se mais por conta própria (800 mil/ano) do que pela mão de outro (600 mil/ano somando todas as guerras e crimes). Mas números, embora alertem, correm o risco de desumanizar o problema. Olhe em torno: compare os últimos anos com dez anos para trás. É bem provável que vai perceber a alarmante diferença de notícias de jovens que desistiram. Não, não é normal. A juventude é justamente a fase da vida que mais de celebra a vida. São litros de hormônios circulando pelo corpo, empurrando para, finalmente, viver sua própria história, inu