Lúcia Santaella e a afetividade nas redes sociais

Divulgação Intercom



Onde fica o afeto nas redes sociais? O afeto ainda é um fato relevante no mundo "virtual"?

Essas são questões que têm incomodado a profa. Lúcia Santaella. Com sua simpatia habitual, fez uma das aberturas do Intercom nacional, que aconteceu em Manaus. Leve e profunda ao mesmo tempo, está dando ênfase as afetividades, perdidas ou reconquistadas, pelas redes sociais.

"Lutando ferozmente contra as dicotomias", como ela mesmo batalha, explica que temos que nos concentrar em alguns grandes temas sobre a rede. São eles: a politização, a subjetividade e identidade, a sociabilidade e alteridade, a educação, o marketing e os horizontes da web 3.0 (onde, inclusive, estamos conversando com os objetos como a televisão, o celular, a geladeira...).

Santaella lembra as seis formas de cultura de comunicação, que foram sendo acrescidas à medida da nossa própria evolução cultural e tecnológica: a oralidade, a escrita, a imprensa, a comunicação de massa, a cultura de mídia (onde os pequenos gadgets se incorporam em nossos hábitos comunicacionais, como o controle remoto, o xerox, a TV paga...) e, agora, a cultura digital.

Essas formas de cultura não só não eliminaram as anteriores como continuam vivas e convergentes em muitos casos. Melhor, agora podemos escolher "para saber em qual o nosso afeto se manifesta melhor".

E faz um desafio: "temos que desenvolver nossa capacidade de 'apalpar'"!

Em tempo: foi delicioso rever a minha principal heroína, tanto como exemplo pessoal, pela sua vida dedicada à comunicação e educação, quanto pelo referencial teórico que me substancia em tempo integral, assim como diversas gerações de educadores e pesquisadores da área: Profa. Maria Aparecida Baccega, justamente condecorada com o Prêmio Luiz Beltrão 2013.
Foto Divulgação Intercom

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