TV linear segue como principal forma de consumo de conteúdo televisivo, aponta Viacom


Da série "Porque a TV não vai acabar", conforme tenho defendido aqui e em artigos.

Essa é uma pesquisa noticiada pelo site Tela Viva em 14 países, com mais de 10 mil pessoas.


 
A Viacom International Media Network divulgou nesta quarta, dia 6, em evento promovido em São Paulo, os resultados do estudo Redefined, que explora como os telespectadores estão redefinindo sua relação com a televisão.

Os resultados do estudo apontam que a TV linear ainda é a principal fonte de entretenimento e descobrimento de conteúdo televisivo. Entre os entrevistados, 69% dos adultos e 76% das crianças de 6 a 12 anos disseram ter a TV linear como fonte de consumo de conteúdo primária. Além disso, a troca de canais é apontada como principal método usado pelos telespectadores para a descoberta de conteúdo, seguido por troca de informações boca a boca e promos de TV.

"A TV linear ainda desempenha um papel muito importante. As pessoas gostam de chegar em casa, apertar um botão e ter um conteúdo novo para se entreter. Além disso, a plataforma oferece uma experiência que outras não podem em eventos ao vivo. A televisão está se redefinindo, mas a TV linear ainda terá sua importância nesse novo ecossistema", diz Christian Kurz, vice-presidente sênior de consumer insights e data innovation da VIMN e coordenador da pesquisa.

Para esse estudo, a VIMN contou com mais de 10,5 mil entrevistas de pessoas de 6 a 34 anos e assistiu 26.866 vídeos produzidos pelos participantes em 14 países – Brasil, México, Indonésia, Filipinas, Austrália, Malásia, Singapura, Rússia, Alemanha, Reino Unido, Itália, Polônia, Holanda, Suécia. No Brasil, foram ouvidas 750 pessoas.

Ainda de acordo com a pesquisa, a percepção do público é de que a qualidade da programação televisiva em geral melhorou. 63% dos entrevistados concordou que "a TV nunca esteve tão boa" – no Brasil, esse número é de 66%. Ainda de acordo com o estudo, cerca de 72% das pessoas estão falando sobre programas de TV mais frequentemente do que há alguns anos, enquanto no Brasil o número chega a 78%.

"Isso mostra que o consumo de conteúdo televisivo está aumentando, apesar de o público estar usando diferentes plataformas para acessá-lo. O conceito de TV foi redefinido pelo consumidor, e nós precisamos nos adaptar a isso", diz Kurz. Nesse ponto, diz, a indústria precisa desenvolver ferramentas de medição de audiência para acompanhar o público em múltiplas plataformas. "Temos que chegar lá, estamos fazendo experiências nos Estados Unidos em parceria com operadores. Além disso, é preciso oferecer métricas mais transparentes e padronizadas. Hoje cada plataforma tem seu sistema de métricas e isso dificulta para o cliente potencial compreender os números e alocar corretamente sua verba publicitária".

Conteúdo online
O estudo aponta que os brasileiros possuem uma média de cinco dispositivos (tablet, smartphone, computador, laptop, console de jogos, dispositivos de streaming, TV smart, Ipod touch, DVD player) e usam em média cinco fontes de acesso ao conteúdo (TV linear, VOD de um operador de TV, DVR, assinantes de VOD, site de vídeo gratuito, websites e aplicativos de canais de TV, etc).

Entre usuários com acesso a ferramentas de conteúdo não linear, o VOD aparece como o mais adotado, com 56% daqueles que tem acesso a plataforma afirmando tê-la utilizado na última semana. Na sequência aparecem sites de canais (53%), DVR (51%) e SVOD (47%). No Brasil, o VOD aparece também em primeiro com 71%, seguido por sites de canais (58%), DVR (54%) e SVOD (56%).
 

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