Pesquisa indica falta de sintonia entre pais e adolescentes na Internet
Antes de mais nada, uma excelente dica é o blog da jornalista e educadora Cristiane Parente: Mídia e Educação. Referência para todos nós.
E é dela o alerta da pesquisa TIC Kids Online Brasil realizada em 2012 com adolescentes usuários de internet. A pesquisa foi realizada pelo CETIC.br, o Centro de Estudos de Tecnologia de Informação e Comunicação, órgão do Centro Gestor da Internet no Brasil, instituido por decreto presidencial e que tem sido o xerife da rede no país.
O objetivo da pesquisa é medir as oportunidades e os riscos no uso da internet.
É uma pesquisa ampla, mas vai aí alguns resultados que saltam aos olhos:
47% dos adolescentes de 9 a 16 anos frequentam diariamente ou quase todos os dias e, quanto mais velho, mais frequente. Da turma de 15 e 16 anos, o número é de 56%.
38% utilizam o computador compartilhado de casa e um em cada cinco já o faz do celular!
A escola é ponto importante de acesso, com mais de 40% dos jovens acessando a internet de lá. Mas as lan houses continuam tendo sua importância, pois 35% também o fazem por lá. E 18% já o fazem na rua pelo celular.
E atenção educadores: das atividades realizadas na internet, a campeã é o uso para trabalho escolar (82%), bem maior do que as visitas aos perfis de rede social (68%). Games estão apenas em quarto lugar (54%), empatado com o envio de mensagens. Em terceiro está o YouTube (68%), ou seja, o consumo de produção audiovisual.
Para mim, esses dados são de oportunidades!
Quanto a segurança, 1/4 dos adolescentes tem perfis públicos, que podem ser vistos por todos.
57% colocam idades erradas em seu perfil.
Mais alarme: de 11 a 16 anos, 23% dos que já tiveram contato na internet com alguém que não conhecia pessoalmente relataram ter encontrado essa pessoa. 14% viram mensagens de ódio contra pessoas ou grupo de pessoas.
Por outro lado, 68% dos responsáveis tem fé que seus jovens não passarão por incômodo ou constrangimento, mas 39% se acha pouco capaz de ajudar seus filhos nessa situação e 41% acredita que seus filhos também tem pouca ou nenhuma capacidade de lidar com isso.
Puxa, como ajudar esses pais e esses jovens? E nem estou falando que a percepção daqueles que acreditam que está tudo bem pode estar muito equivocada! Afinal, 71% acredita que seus jovens estão em segurança na internet. E 89% tem convicção que seus filhos não passaram por constrangimentos na internet no último ano, o que choca com as próprias informações dos jovens.
Esses dados deveriam servir para políticas públicas (aliás, essa seria a função já que realizada por órgão público), mas também para alertas à sociedade. Como os educadores podem fazer a sua parte?
O Cetic.br é formado por especialistas do governo, da academia, institutos de pesquisas, de ONGs especialistas e entidades internacionais
E é dela o alerta da pesquisa TIC Kids Online Brasil realizada em 2012 com adolescentes usuários de internet. A pesquisa foi realizada pelo CETIC.br, o Centro de Estudos de Tecnologia de Informação e Comunicação, órgão do Centro Gestor da Internet no Brasil, instituido por decreto presidencial e que tem sido o xerife da rede no país.
O objetivo da pesquisa é medir as oportunidades e os riscos no uso da internet.
É uma pesquisa ampla, mas vai aí alguns resultados que saltam aos olhos:
47% dos adolescentes de 9 a 16 anos frequentam diariamente ou quase todos os dias e, quanto mais velho, mais frequente. Da turma de 15 e 16 anos, o número é de 56%.
38% utilizam o computador compartilhado de casa e um em cada cinco já o faz do celular!
A escola é ponto importante de acesso, com mais de 40% dos jovens acessando a internet de lá. Mas as lan houses continuam tendo sua importância, pois 35% também o fazem por lá. E 18% já o fazem na rua pelo celular.
E atenção educadores: das atividades realizadas na internet, a campeã é o uso para trabalho escolar (82%), bem maior do que as visitas aos perfis de rede social (68%). Games estão apenas em quarto lugar (54%), empatado com o envio de mensagens. Em terceiro está o YouTube (68%), ou seja, o consumo de produção audiovisual.
Para mim, esses dados são de oportunidades!
Quanto a segurança, 1/4 dos adolescentes tem perfis públicos, que podem ser vistos por todos.
57% colocam idades erradas em seu perfil.
Mais alarme: de 11 a 16 anos, 23% dos que já tiveram contato na internet com alguém que não conhecia pessoalmente relataram ter encontrado essa pessoa. 14% viram mensagens de ódio contra pessoas ou grupo de pessoas.
Por outro lado, 68% dos responsáveis tem fé que seus jovens não passarão por incômodo ou constrangimento, mas 39% se acha pouco capaz de ajudar seus filhos nessa situação e 41% acredita que seus filhos também tem pouca ou nenhuma capacidade de lidar com isso.
Puxa, como ajudar esses pais e esses jovens? E nem estou falando que a percepção daqueles que acreditam que está tudo bem pode estar muito equivocada! Afinal, 71% acredita que seus jovens estão em segurança na internet. E 89% tem convicção que seus filhos não passaram por constrangimentos na internet no último ano, o que choca com as próprias informações dos jovens.
Esses dados deveriam servir para políticas públicas (aliás, essa seria a função já que realizada por órgão público), mas também para alertas à sociedade. Como os educadores podem fazer a sua parte?
O Cetic.br é formado por especialistas do governo, da academia, institutos de pesquisas, de ONGs especialistas e entidades internacionais
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