700 MHz: Indecência à vista!
Eu que acreditava que o roubo dos canais 60 a 69 do UHF (que estão nos 700
MHz) demoraria ou poderia nem acontecer, dada a indecência da coisa, fui mais
uma vez ludibriado.
Vale retornar a uma postagem anterior em que já alertava o engodo, para entender o que, afinal, é essa tal de 700 MHz. Em resumo, é o espectro onde está reservado espaço para as TVs do campo público (àquelas voltadas ao interesse do cidadão e não à venda do espaço publicitário) na TV Digital e que está sendo ofertado para as telefônicas brincarem de 4G.
Pois então, na véspera de um feriado prolongado, a Anatel faz o seu papel obrigatório de chamar uma consulta pública para discutir a ocupação deste latifúndio. O aviso foi publicado no dia 22 de março, numa sexta-feira, para a audiência que acontece na quarta, dia 27, menos de cinco dias. Haja mobilização da sociedade para essa pressa, hein?
Ou seja, está com cara de coisa já acertada. Mas, ludibriado por ludibriado, não podemos nos deixar levar pela coisa já dada. Há uma indecente quebra de compromisso feita ainda lá atrás, do mesmo governo que o de agora dá continuidade: de se abrir espaço para uma TV alternativa ao modelo comercial com a construção de uma rede de comunicação pública, formada por emissoras educativas, universitárias, comunitárias, legislativas.
Colocar essa turma no VHF, como é a proposta, é um tremendo retrocesso, como se quisessem ressuscitar o AM e acreditar que o cidadão vai aceitar um sinal de pior qualidade.
É importante lembrar que as telefônicas já levaram tudo que quiseram, nos 3Gs para baixo. Em contrapartida, as séries de compensações que deveriam fazer, até agora, não se têm notícias: banda larga de qualidade e de baixo custo e internet gratuita e eficiente nas escolas públicas são algumas delas. Ou estou lendo em lugares errados? Acho que não, pois a imprensa, em geral, enaltece a tecnologia, e, certamente, não deixaria passar em branco se isso acontecesse.
Portanto, pilantragem pura!
Vale retornar a uma postagem anterior em que já alertava o engodo, para entender o que, afinal, é essa tal de 700 MHz. Em resumo, é o espectro onde está reservado espaço para as TVs do campo público (àquelas voltadas ao interesse do cidadão e não à venda do espaço publicitário) na TV Digital e que está sendo ofertado para as telefônicas brincarem de 4G.
Pois então, na véspera de um feriado prolongado, a Anatel faz o seu papel obrigatório de chamar uma consulta pública para discutir a ocupação deste latifúndio. O aviso foi publicado no dia 22 de março, numa sexta-feira, para a audiência que acontece na quarta, dia 27, menos de cinco dias. Haja mobilização da sociedade para essa pressa, hein?
Ou seja, está com cara de coisa já acertada. Mas, ludibriado por ludibriado, não podemos nos deixar levar pela coisa já dada. Há uma indecente quebra de compromisso feita ainda lá atrás, do mesmo governo que o de agora dá continuidade: de se abrir espaço para uma TV alternativa ao modelo comercial com a construção de uma rede de comunicação pública, formada por emissoras educativas, universitárias, comunitárias, legislativas.
Colocar essa turma no VHF, como é a proposta, é um tremendo retrocesso, como se quisessem ressuscitar o AM e acreditar que o cidadão vai aceitar um sinal de pior qualidade.
É importante lembrar que as telefônicas já levaram tudo que quiseram, nos 3Gs para baixo. Em contrapartida, as séries de compensações que deveriam fazer, até agora, não se têm notícias: banda larga de qualidade e de baixo custo e internet gratuita e eficiente nas escolas públicas são algumas delas. Ou estou lendo em lugares errados? Acho que não, pois a imprensa, em geral, enaltece a tecnologia, e, certamente, não deixaria passar em branco se isso acontecesse.
Portanto, pilantragem pura!
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