Dia do Jornalista: 40 anos!

Dia 7 de Abril, dia do Jornalista! Há 40 anos entrava na Fafich/UFMG para ser Jornalista. Como se vê na foto, sempre cabeludo, apenas redistribuíndo os recursos (foto da então colega de PP e depois amiga especial Paula Andrada para aula de Forografia, e agora do pupilo Diego de Deus - tão novo que nem Face tem).

Não era o que eu queria: não havia universidade para escritor! Mas fui percebendo que minha intenção de ser um contador de histórias estava ali, só precisava um pouco mais de pegada com o não ficcional. Mesmo porque jornalista é mensageiro das 'novas/news', e que elas nunca serão isentas, dadas que são 'notitia', origem da 'notícia', que significa 'conhecimento ou noção de alguém'. Ou seja, somos mensageiros de nossa interpretação do mundo, da nossa edição do real, o que para ficção não é tão distante...

Confuso, não? Daí eu ter amado e odiado essa profissão com iguais intensidades. O campo 'profissão' nos cadastro de hotel que o digam: já escrevi 'jornalista' com orgulho na mesma proporção que escondi sem culpa (ainda mais que 'professor' é a maior das excelências).

Hoje retornei a ter orgulho. Péssima hora, quando a profissão está para acabar, como indicam 10 em 10 pesquisas sobre Inteligência Artifical (IA). Pelo menos do jeito que é feita em 90% dos seus produtos de consumo, um relato incompleto e mecânico de um boletim de ocorrência, um relatório técnico, um discurso, um release ou um folder. Nada a ver com a pretensão de melhorar as pessoas pela informação!

É isso mesmo: jornalista é um sujeitinho pretensioso, quer transformar o outro, quer que ele leia/veja/escute e sua mente (o software do cérebro, espalhado pelo corpo) faça um clic: "óia!". Aqui em Minas, é ainda mais complexo: "prestenção!" E daí "tometenência!", "faça alguma coisa, trem": indigne-se, admire, 'espáia', copie ou não copie, cobre, informe-se, construa conhecimento, vote ou não vote mais.

Viu como é difícil desassociar real e ficção? Então, talvez justamente por isso que estou de volta à pista, já que as IA vão realizar os sonhos dos donos das empresas de comunicação - fazer jornalismo sem esses chatos dos jornalistas (o próximo é fazer educação sem os chatos dos professores). E porque já se passaram 40 anos, estou me autorizando a ser pretencioso novamente, ainda mais que maturidade reforça que a verdadeira isenção é meu... bem, você entendeu.

Tá certo que agora meu público-alvo está um tanto restrito: sem mamãe viva, caiu abruptamente. Finjo que não me importo - conversa, quem escreve quer ser lido -, mas, fazer o quê? Tenho viajado pouco, mas o campo 'profissão' lá continua e aquele sujeitinho de sorriso canastrão de 40 anos atrás tinha planos para nós, e alguns deles ainda estão na fila.

Então, sim, continuo fazendo Jornalismo, contando causos e falando de novas e velhas 'notitias' (que, pretenciosamente, acredito inovar), certo que são meu recorte de mundo e que ele merece ser lido. Acredite e siga quem quiser me dar a honra e o prazer de, comigo, se 'colocar em comum' (comunicare). 

Entre tantos mestres, sigo bons e 'maus' exemplos de sujeitos fantasticos na profissão como Gabriel Priolli e Marcio Magno Passos e colegas como Graziela Cruz e Cláudia Chaves, por quem tenho dívida eterna por ainda gostar e praticar esse trem. Mas, acima deles, de Deus e da Pátria, Millor Fernandes: "Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados".

Quem quiser, estou por aí: claudiomagalhaes.com.br. meu Insta (@claudiomagalhaes95), meu Linkedin (cláudio-magalhães), no Face (claudiomarcio.magalhaes) YouTube (claudiovisual).

#diadojornalista

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